NOVA IORQUE: UMA FORMIGA EM TERRA DE ELEFANTES
- casaemconta
- 19 de fev. de 2018
- 5 min de leitura
Atualizado: 14 de nov. de 2023
Domingo chegou o tão aguardado dia: a ida a Nova Iorque. Levantámo-nos cedo e apanhámos o autocarro da manhã – por volta das nove – de Elizabeth (New Jersey) para Nova Iorque: custou sete euros ida e volta. Estava em Manhatan, que chique, nem queria acreditar! Começámos pela tão idolatrada Times Square, tal e qual como estamos habituados a ver nos filmes. Estava nervosa, confesso. São centenas de pessoas a andar e um lado para o outro, dezenas de cores, movimentos, sons. Interpelam-nos por todos os lados, em todas as interceções de ruas. Estamos em Nova Iorque, a cidade que nunca dorme, pára, cala. Senti-me pequenina como nunca antes me havia sentido numa cidade. É terra de gigantes. De luzes, barulho, imagens, de sonhos. Extravagante, imponente, inigualável.
Lá fomos até à famosa escadaria, criada para a típica foto da Times Square. E lá ficámos durante algum tempo a tentar, como as dezenas pessoas que também lá se encontravam, apanhar o melhor ângulo e o sorriso que melhor nos favorecia. Estávamos felizes e as fotos que corremos a postar nas redes sociais não o deixam mentir.
Passeámos pela quinta avenida (5th Avenue), babámos nas montras, a sonhar ter dinheiro para comprar uma única peça que fosse, fotografámos, fotografámos e fotografámos. Pusemos um olho no Bryant Park, onde nesta altura do Natal existe uma pista de gelo gratuita, dissemos um olá à Catedral St.Patrick e cumprimentámos a Biblioteca – que por sinal já conhecia de Gossip Girl. Não entrámos porque tínhamos previsto ir ainda a Brooklyn e já o dia ia a meio.
Apanhámos o metro – tarefa nada fácil, mas que com o jeito vai lá – e descemos até à paragem “City Hall”. Esquece a ideia de conhecer a cidade a pé. Eu sou daquelas que gosta de fazer tudo a pé, para sentir a cidade e ter noção de onde fica o quê. Mas em Nova Iorque não dá, definitivamente, para negar uma boleiazinha do metro. Passámos a ponte de Brooklyn, tomámos um cafézinho do lado de lá – numa zona conhecida por Dumbo – e voltámos. Tivemos a maior sorte nos timings e, no regresso, calhou-nos o pôr do sol em plena Brooklyn Bridge, um dos mais bonitos que já vi na vida. Só para fazer um bocadinho daquela inveja manhosa:
No dia seguinte, foi dia de conhecer Filadélfia. Na terça-feira, regressámos a Nova Iorque, mas tivemos pouca sorte. Estava um dia de chuva horroroso, o que nos impediu de cumprir o plano acordado. Ainda tentámos ser mais fortes e visitar o Central Park, mas acabámos encharcados dentro da Estação Central de Nova Iorque (Grand Central Terminal) – que não podem de maneira nenhuma perder. Todos os dias, passam por aqui mais de 750 mil pessoas que têm como destino uma das 600 ligações que daqui saem. Neste edificio de estilo romano, não faltam opções para compras, restauração ou mesmo “relax”.
Depois da molha, decidimos ir para casa e, à boa maneira portuguesa, passar tempo no shopping. Neste caso, fomos visitar o famoso outlet Jersey Gardens e que, verdade seja dita, tem promoções que valem a pena em lojas como a Guess, Levi´s, Michael Kors, Adidas, Timberland, New Balance e Converse. As lojas para crianças também têm descontos simpáticos. E claro, a passagem na Burlington, Century 21 e Marshalls é também, altamente, recomendada.
Quarta-feira seria um dia longo. Uma das coisas que não queríamos deixar de lado era ir ver um espétaculo da Broadway, no entanto, e como era Natal, optámos por comprar bilhetes para o espetáculo preparado especialmente para esta época do Radio City Hall – o Christmas Spectacular Starring The Radio City Rockettes – (cerca de 70 euros cada bilhete). É um dos espetáculos de Natal mais esperado pelos nova-iorquinos. E valeu a pena – mas isto foi só à noite. Durante o dia continuámos a explorar a cidade. Fomos conhecer o interior da Biblioteca.
E descemos até ao centro financeiro da cidade. Passámos a mão no Charging Bull de Wall Street – dizem que dá sorte – e seguimos para o Memorial do 9/11.
No lugar das torres gémeas estão hoje duas “piscinas” que lembram as vítimas do atentado de 2001. Não achei o sítio “bonito” – eu sei que também não era o objetivo – mas, a meu ver, é pouco simpático. É verdade que o elemento água apazigua o “ar carregado” que aqui se respira, mas ainda assim, é um sítio apenas de passagem.
Esta noite decidimos dormir em Brooklyn para poder passear um pouco até mais tarde pela cidade. Optámos por esta parte da cidade pois, para além de ser a mais acessível aos nossos bolsos, não tínhamos tempo de a visitar noutra altura. Ao contrário do que se pode ler em muitos blogs, relatos e comentários do Booking, a zona é calma. Apesar de ser bem mais escura que a Times Square, é uma zona residencial. Quando fomos para o hotel a primeira vez ainda nos perdemos por umas ruelas e não tivemos problemas. Por isso, para quem o preço do alojamento no centro for um problema, esta não é de todo uma zona a descartar. Inclusive, o nosso hotel tinha vista para Manhattan.
Aquando do planeamento da visita à cidade da moda decidimos que iríamos comprar o NY City Pass para um dia e ir a todas as atrações com entrada paga – este bilhete custou 109 dólares. Quinta-feira foi então o dia. Começámos pela tão aguardada subida ao Empire Building – com 102 andares e a 381 metros de altura. E… txanãaa!
Seguiu-se o passeio de bicicleta no Central Park – que tem tanto de grande como de fabuloso. Só para conhecer o jardim de uma ponta à outra tínhamos que tirar um ou dois dias da viagem. Como infelizmente não estávamos assim com tanto tempo, resolvemos dar um passeio à volta de todo o parque, aproveitando para pôr um olho noutras atrações da cidade – que já tínhamos decidido que deixaríamos para um segunda viagem a NY – como foram os casos do Metropolitan Museum of Art (MET), Guggenheim Museum e do American Museum of Natural History.
No Central Park as sugestões são também muitas – os guias indicam sempre uma passagem pelo Lago, a Estátua da Alice do País das Maravilhas, o espaço chamado “Strawberry Fields”, dedicado a John Lennon, ou pelos Jardins de Shakespeare. Como é natural, não conseguimos ver tudo, mas reservámos uns minutos para ouvir “Imagine” – e que bem que soube!
Corremos até ao outro lado de Manhattan onde nos esperava o barco para a Liberdade. A viagem é super curta – não chega a meia hora – e dá-nos uma outra perspetiva de Nova Iorque. Para além da Estátua da Liberdade, esta viagem inclui ainda a visita à Ellis Island, onde está localizado o Museu da Imigração.
Tempo ainda para a visita ao MOMA – muito rápida porque já chegámos em cima da hora de fecho. Seguimos para o Madame Tussauds – que está aberto até bastante tarde – e lá estivemos durante algum tempo a posar com as mais de 100 personalidades que todos conhecemos. De políticos a músicos, super heróis e lendas do desporto.
Finalmente, porque queríamos também ver Nova Iorque do topo, mas à noite, fomos ao Top of the Rock.
Na sexta-feira, optámos por chegar a Nova Iorque através do comboio. Saímos na Pen Station, que fica muito perto do Madison Square Garden, onde se realizam os mais importantes concertos e eventos da cidade. Como não podia deixar de ser, demos um salto ao Chelsea Market, fomos ao encontro do recente High line Park e passeámo-nos pelas ruas dos bairros Nolita, Soho e Chinatown. Por aqui há centenas de lojinhas com coisas baratas, ótimas para comprar recuerdos.
Nos intervalos das correrias fomos aproveitando para entrar em várias lojas- ~que podemos considerar também “atrações turísticas de Nova Iorque”. São os casos da Macy´s, M&M’s, MAC, Hard Rock (não achei nada de especial, mas é tradição), Century 21, Apple (que fica muito perto da Trump Tower – onde encontrámos “indianos” a vender pins com a cara de Trump – muito bom), Lego e Victoria Secret.
Acredita, a cidade vale cada cêntimo gasto! Ah, e não menos importante. Prepara-te para dizer “hello” a estes “amiguinhos” que te acompanharão em muitas partes do trajeto:
See you!





Comentários